Pioneiro na comercialização da Pedra São Tomé

Pioneiro na comercialização da Pedra São Tomé

Jaziel de Cerqueira Luz

Nasceu em Monte Santo de Minas, em 13 de maio de 1899, Jaziel foi Engenheiro, arquiteto, construtor e pintor de quadros, cuja especialidade era o nu artístico, entre outras atividades.

No ano de 1928 foi nomeado no Serviço Público trabalhando no Ministério da Justiça, no Rio de Janeiro, como projetista.

Foi designado pelo Chanceler e Ministro da Justiça e dos Negócios Interiores, Oswaldo Aranha, em nome do Governo Provisório para servir interinamente como desenhista do escritório de obras do ministério no ano de 1931.

Trabalhou diretamente com o Presidente Getúlio Vargas.

Demitiu-se do serviço público em 1944 após 16 anos de atividades.

Dentre os diversos projetos para o Governo, destacou-se os prédios da Ilha Grande e Fernando de Noronha, a Penitenciária Agrícola do Rio de Janeiro, o Instituto Profissional de 15 de Novembro, entre outros.

Jaziel, na época da 2ª Guerra Mundial, fez parte de um grupo que descobriu comercialmente o uso da Pedra São Tomé e negociou com grupos financeiros fortes na época tais como Matarazzo, Martinelli e Lage.

Primeiro carregamento

O primeiro carregamento de pedras foi aplicado na Praça Mauá, no Rio de Janeiro.

Para extraí-la e entregá-la foi necessário abrir uma estrada ( a que leva à Baependi), a qual foi feita na base do enxadão.

Foram enviados caminhões movidos a gasogênio, já que pelo motivo do mundo estar em guerra os combustíveis faram racionados.

Foram feitos estudos para se empreender um poço artesiano, chamado de fonte “Viotti”, em desnível considerável.

Próximo ao local foi construído um galpão com paredes de pedra, alias  hoje conhecido como “galpão do Olídio”.

Entretanto na rua João Batista Neves, foi trazido maquinário para o corte da pedra com geradores movidos a óleo diesel.

Mas muitos dos quais foram furtados diversas peças quando da sua ausência.

A empresa Jaziel Luz & Cia Ltda.

Empreendeu um contrato de arrendamento com a Diocese de Campanha para a extração da Pedra São Thomé, lançada no livro do Tombo no ano de 1941.

A área pertencente AA igreja havia sido desmarcada no dia 6 de Julho de 1869.

Desde aquela época Jaziel já se preocupava com a segurança dos funcionários.

Portanto determinou que deveriam usar todos os equipamentos de segurança como: capacete, luvas, óculo protetores e botinas.

A pedra extraída de São Thomé era levada em carro de boi até a Estação Ferroviária São Thomé.

Lá era engradada e colocada sobre uma embarcação que fazia a travessia do Rio Verde.

Onde eram colocados os vagões de trem que ligavam, desde o século XIX, o Sul de Minas ao Rio de Janeiro.

O “jovem Jaziel” era um homem talentoso, versátil, respeitado e, sobretudo, elegante.

Considerado um visionário nos tempos de hoje.

Jaziel era um homem empreendedor.

Na década de 50 adquiriu uma extensa área ao redor da Igreja Nossa Senhora do Rosário onde projetou um plano diretor de urbanização.

Também intitulando-se como “Jardim Bela Vista”, hoje loteamento “Caninana” (partindo de uma área parcial).

Na Planta do engenheiro Jaziel haviam praças, escola, hospital e área para residências.

Não se sabe o por quê da Igreja Nossa Senhora do Rosário ter sido identificada nessa planta como Igreja Nossa Senhora do “Amparo”.

Talvez uma distração ou confusão com outra localidade.

Portanto podemos dizer que o projeto não chegou a vingar.

Sendo portanto que nos dias de hoje, sua neta encabeçou parte da área a que pertencia a seu avô num loteamento residencial batizado com o nome de “Loteamento Caninana”.

Fonte:

Livro de Letras em Letras,
autoria do jornalista e radialista,
Ricardo Kayapó, 3Ed

Orçamento | AQUI

Extração da pedra são tomé se faz somente na cidade de São Thomé das Letras